Avarias morais, éticas, governamentais, sociais e de cidadãos exponencias…
O que nos salva é a poesia, refúgio e libelo.
Chesterton disse sobre a linguagem poética uma das mais precisas e completas, emborra suscinta, definição que extasia:
“A poesia mantém a sanidade porque flutua facilmente num mar infinito;
A razão procura atravessar o mar infinito, e assim torná-lo finito.
O resultado é a exaustão mental, como a exaustão física do sr. Holbein”.
Atravessamos neste início de século um mar de insanidades, perversidades,
não apenas em nosso país, mas, também além fronteiras as maldades retumbam,
provocam dores morais, atrasos intelectuais e fazem o sangue jorrar em
espetáculos colossais de ganância e soberba.
A poesia assiste e não desiste de clamar por Justiça, bom senso e sanidade,
busca a beleza e a gentileza, e acredita na essência humana tão tragicamente
emersa nesses pântanos da cobiça, da ira, do ódio e do medo insuflados pelo
império das mentiras despejadas a rodo nas sociedades mais diversas.
As almas poéticas creem, e em sua sensibilidade inversa ao tilintar de moedas,
elas creem, ora veja, que há um tempo de semear e um de colher.
E nos jardins do Universo, importa semear com amor e colher com gratidão.