O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas para que o presídio em que está Monique Medeiros explique supostas agressões contra a detenta, presa preventivamente pela morte do próprio filho, o menino Henry Borel, de 4 anos, em março de 2021. “Colham-se informações do diretor da unidade prisional, especificamente sobre a alegada agressão”, determinou Gilmar, que é relator da ação sobre o caso no Supremo.
Os pedidos de respostas do ministro ocorrem após a defesa de Monique alegar que ela foi alvo de um “atentado” no presídio feminino Talavera Bruce, no Rio de Janeiro.
Os advogados informaram o ministro da agressão e disseram, em pedido de habeas corpus no STF, não ter conseguido “tirar fotografias das graves lesões sofridas pela requerente no interior do cárcere, uma vez que na unidade prisional não é possível ingressar com telefone celular, mas que junta abaixo a camisa ensanguentada após a agressão realizada em seu pescoço com uma lâmina”.
Entenda o que aconteceu
- Em maio de 2024, a Segunda Turma do STF formou maioria para manter a prisão de Monique Medeiros. Ela é acusada da morte do próprio filho. O julgamento foi unânime.
- Os ministros da Turma acompanharam o voto de Gilmar Mendes, que é relator do caso. Assim, negaram o pedido da defesa e recomendaram celeridade no julgamento da ação penal no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), onde Monique passará por júri popular.
- Em 2023, o magistrado determinou que Monique Medeiros retornasse à prisão para aguardar julgamento após ter deixado a cadeia em agosto de 2022. Ela havia saído do sistema prisional depois de ter a prisão revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
- Ela está presa na Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A mulher é acusada de homicídio qualificado, tortura e coação no caso do menino Henry. Em 2021, Monique e o então namorado, o ex-vereador e ex-médico Jairo de Souza Santos Junior, mais conhecido como Dr. Jairinho, teriam cometido os crimes contra a criança.
Fonte: Metrópoles