Uma mulher, de 37 anos, foi indiciada pela PC-MG (Polícia Civil de Minas Gerais), por praticar estelionato e falsidade ideológica simulando ser portadora de câncer. As investigações foram concluídas na última segunda-feira (30) em Divinópolis, na região Centro-Oeste do estado.
De acordo com a polícia, a investigada teria promovido vaquinhas virtuais e campanhas de arrecadação por meio de rifas, além de eventos beneficentes. Ela conseguiu recursos através de doações espontâneas de pessoas que se sensibilizaram com o enredo da doença, incluindo familiares, amigos e pessoas de outras localidades.
A mulher conseguia mobilizar as vítimas, alegando que estava em um estágio avançado de tratamento oncológico.
Durante as análises, a polícia requisitou prontuários e exames a hospitais da região, clínicas especializadas e ao plano de saúde da suspeita. “Os documentos foram analisados por um médico-legista da instituição, que atestou a inexistência de qualquer diagnóstico ou tratamento oncológico”, informou a PCMG.
A suspeita também realizou empréstimos no nome do companheiro, sem autorização, além de ter “utilizado nomes de terceiros em consórcios informais, sendo o destino dos valores ainda objeto de apuração complementar”.
A delegada do caso, Adriene Lopes, destacou o impacto social causado por esse tipo de fraude, por se tratar de uma exploração de solidariedade coletiva. Ela disse que ocorrências como essa abalam a confiança da população, prejudicando aqueles que, de fato, possuem a doença.
“Por isso, orientamos que as pessoas tenham cautela e verifiquem a veracidade das informações antes de realizar qualquer tipo de doação”, afirmou.
“Com base nas provas reunidas, a investigada foi indiciada pelos crimes de estelionato majorado e falsidade ideológica O procedimento foi remetido ao Poder Judiciário para as providências cabíveis”, finalizou a polícia.
Fonte: CNN Brasil