A Policia Militar do Estado de São Paulo realizou na quinta-feira (3), a Operação Impacto a Coletivos, com foco no enfrentamento aos crimes contra ônibus e ao transporte público na capital. Pelo menos oito pessoas foram presas.
A onda de ataques à ônibus está sendo investigada também pela Policia Civil. Desde o mês de junho, foram registrados mais de 450 casos de vandalismo na Região Metropolitana do estado, somando os números das linhas municipais e intermunicipais.
De acordo com a PM, as ações foram conduzidas com a utilização de diversas viaturas operacionais, especialmente motocicletas, que garantiram maior mobilidade e resposta rápida em áreas de maior vulnerabilidade. Segundo à nota, houve uma redução significativa nas ocorrências de depredação de coletivos.
Veja os números da operação:
- 8 pessoas presas, sendo 2 procuradas pela Justiça
- 217 motocicletas vistoriadas, com 131 removidas
- 1.617 automóveis vistoriados, dos quais 8 foram removidos e 2 localizados
O setor de inteligência da PM também atua de forma integrada para identificar os autores e a motivação dos ataques, diante da suspeita de que os atos possam estar sendo organizados pela internet.
Até o momento, a Polícia Civil já contabilizou cerca de 180 ocorrências, sendo 60% concentradas na zona sul da capital, com destaque para as avenidas Cupecê, Washington Luís e Vereador João de Luca. Um caso recente foi registrado na manhã desta sexta-feira (04), na zona oeste da cidade.
Até quarta-feira (2), foram registrados 223 casos de vandalismo em ônibus que operam nas linhas intermunicipais, de acordo com informações da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte (SMT) e a SPTrans reafirmaram o repúdio aos atos de vandalismo registrados no sistema de transporte e informaram que, desde o dia 12 de junho, 235 ônibus do sistema municipal foram depredados, incluindo 35 desde a noite de quarta-feira (2).
Em menos de 24 horas, 18 ônibus foram atacados na cidade de São Paulo, de acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte. Os atos não se restringiram apenas à capital.
Na capital paulista e na Grande São Paulo, os atos são investigados pela 6ª delegacia do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Já na Baixada Santista, pela Delegacia Seccional de Santos.
A CNN apurou que a polícia investiga se as ações são coordenadas por grupos na internet. “A Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER) também está envolvida nas investigações, para monitorar a atuação dos criminosos em plataformas digitais”, disse a SSP.
De acordo com a pasta, sindicatos de empresas de ônibus enviaram ofícios para à secretaria e representantes da SPTrans prestaram depoimento à polícia.
Fonte: CNN Brasil