O Icon of the Seas, com 365 metros de comprimento, tem 20 decks e pode acomodar no máximo 7.600 passageiros a bordo.
O navio, que pertence ao grupo Royal Caribbean, iniciou uma viagem de sete dias.
Os ingressos variam de US$ 1.723 a US$ 2.639 por pessoa (de R$ 8.473 a R$ 12.978), de acordo com o site da Royal Caribbean. Um cruzeiro na alta temporada, perto do Natal, custará US$ 5.124 (R$ 25.198) por pessoa.
Sua viagem inaugural fará escala em Saint Kitts e Nevis e Charlotte Amalie, nas Ilhas Virgens dos EUA.
Ambientalistas alertam que o navio, movido a gás natural liquefeito (GNL), vai liberar gás metano nocivo no ar —um fator forte quando se trata do aquecimento climático.
“É um passo na direção errada”, disse Bryan Comer, diretor do Programa Marítimo do Conselho Internacional de Transportes Limpos (ICCT), segundo a agência de notícias Reuters.
“Estimamos que a utilização de GNL como combustível marítimo provocam emissões mais de 120% maiores ao longo do seu ciclo de vida do que o diesel marítimo”, disse.
A POLÊMICA
No início desta semana, o ICCT publicou um relatório que aponta que as emissões de metano dos navios movidos a GNL são superiores às propostas pela regulamentação atual.
Embora o GNL queime de forma mais limpa do que os combustíveis navais tradicionais, como o óleo combustível, existe o risco de que algum gás escape, causando vazamento de metano para a atmosfera.
O metano na atmosfera é um poderoso gás de efeito estufa, que retém 80 vezes mais calor do que o dióxido de carbono ao longo de 20 anos.
A redução destas emissões é considerada crucial para conter o aquecimento global.
Um porta-voz da Royal Caribbean disse que o Icon of the Seas é 24% mais eficiente em termos energéticos do que o exigido pela Organização Marítima Internacional para os navios modernos.
A empresa diz que planeja introduzir um navio com emissões líquidas zero até 2035.
VIAGEM INAUGURAL
Na quinta-feira (25), o astro do futebol argentino Lionel Messi, que atualmente joga no Inter Miami, participou da cerimônia de inauguração do navio.
O Icon of the Seas custou US$ 2 bilhões para ser construído. Ele foi fabricado em Turku, na Finlândia, e registrado com bandeira das Bahamas. A embarcação conta com sete piscinas, seis tobogãs e mais de 40 restaurantes, bares e lounges.
A indústria de cruzeiros é um dos setores do turismo que mais cresce, com os jovens em particular interessados nesta modalidade de férias, de acordo com a entidade comercial Cruise Lines International Association.
O setor contribuiu com US$ 75 bilhões para a economia global em 2021, segundo relatório.
Com informações de Folha de São Paulo