NÚMEROS
A taxa de desocupação, conhecida como taxa de desemprego, ficou em 6,8% no trimestre encerrado em julho deste ano, abaixo dos 7,9% do mesmo período em 2023. O indicador foi inferior ao outro observado no trimestre encerrado em abril deste ano (7,5%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada no Rio de Janeiro, pelo IBGE, Segundo o Instituto essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. A população desocupada, isto é, aquela que está buscando emprego, mas não consegue, ficou em 7,4 milhões de pessoas, o menor patamar para o período na série histórica. A desocupação caiu 9,5% em relação ao trimestre encerrado em abril (menos 783 mil desempregados) e 12,8% na comparação com julho de 2023 (menos 1,1 milhão de pessoas). Já a população ocupada atingiu 102 milhões de pessoas, o maior contingente para o período desde 2012, apresentando altas de 1,2% no trimestre (mais 1,2 milhão de trabalhadores) e 2,7% no ano (mais 2,7 milhões de pessoas). O rendimento real de todos os trabalhos (R$ 3.206) ficou estável no trimestre e cresceu 4,8% no ano, enquanto a massa de rendimento real habitual (R$ 322,4 bilhões) cresceu 1,9% (mais R$ 6 bilhões) no trimestre e 7,9% (mais R$ 27,5 bilhões) no ano.
RECENSEAMENTO
A população estimada do Brasil chegou a 212,6 milhões de habitantes, na data de referência de 1º de julho de 2024. O dado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, faz parte do estudo Estimativas da População 2024, um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos. Dos 15 municípios com mais de 1 milhão de pessoas, 13 são capitais. “Ao todo, 42,7 milhões de habitantes estão nessas cidades, representando 20,1% do total do país”, informou o IBGE. Com 11,9 milhões de habitantes, São Paulo permanece como a cidade mais populosa do país. Depois vêm o Rio de Janeiro, com 6,7 milhões, Brasília, com 3 milhões, Fortaleza com 2,6 milhões e Salvador, com 2, 6 milhões de habitantes.
EXPOSIÇÃO
Quem nunca se perguntou de onde vêm as vacinas? Em cartaz na Casa da Ciência da UFRJ, em Botafogo, zona sul do Rio do Janeiro, a resposta está na exposição VACINA!, desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz. E propõe uma jornada educativa pelo mundo das vacinas para responder dúvidas a respeito da imunização e sua importância para a saúde coletiva. A mostra conta com experiências interativas e lúdicas para todos os públicos. As visitas são acompanhadas por especialistas da área da saúde, que explicam as bases científicas envolvidas na criação das vacinas. Para o assessor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, Akira Homma, o cenário atual é preocupante, em que muitas pessoas optam por não se imunizar. A exposição foi idealizada a partir deste alerta, com o intuito de informar os visitantes sobre a segurança das vacinas e proteger a todos, já que, quando mais pessoas buscam essa forma de prevenir doenças graves, acontece o que se chama de “imunidade de rebanho”. A exposição VACINA! tem entrada gratuita e fica em cartaz até janeiro.
ATUALIZAÇÃO
Segundo informações do IBGE, os únicos municípios não capitais que aparecem na lista são Guarulhos ( 1,3 milhão) e Campinas (1,2 milhão), os dois em São Paulo. “Eles são os municípios mais populosos entre os 26 municípios com mais de 500 mil habitantes que não são capitais. São Gonçalo (RJ) é o terceiro, com 961 mil”, informou o IBGE. O censo mostra que 26 municípios têm menos de 1.500 habitantes. O menos populoso é Serra da Saudade (MG), com 854 habitantes. Anhanguera (GO) com 921 e Borá (SP), com 918, são municípios que têm menos de 1 mil habitantes. Nos estados com mais habitantes, 21,6% da população está em São Paulo, com 46 milhões, seguido de Minas Gerais, com 10% (21,3 milhões) e Rio de Janeiro, com 8,1% (17,2 milhões). As cinco unidades da federação com menos de 1% da população do país são Rondônia (0,8%), Tocantins (0,7%), Acre (0,4%), Amapá (0,4%) e Roraima (0,3%).
APRESENTAÇÃO
O manto sagrado tupinambá, que estava na Dinamarca desde o século XVII e retornou ao Brasil no início de julho, será finalmente recebido pelo seu povo, os tupinambás de Olivença, em uma cerimônia marcada para os dias 10 a 12 de setembro. O artefato está sob a guarda do Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O retorno do manto foi marcado por uma polêmica, envolvendo os indígenas e a direção do Museu Nacional. Como eles consideram a peça histórica um ancião, que está retornando ao seu povo, os tupinambás esperavam estar presentes no momento da chegada do manto ao Brasil, em 11 de julho, mas o Conselho Indígena Tupinambá de Olivença afirma que não foi oficialmente avisado sobre a chegada do artefato. A cerimônia, que será na capital Rio de Janeiro, estava marcada para o fim de agosto, mas foi adiada. “Nós dizíamos que o manto não podia chegar no Brasil sem nós. Ele chegou sem nós e está sem nós no Museu Nacional. Estamos felizes por ele estar no Brasil, mas ao mesmo tempo tristes, porque ainda não fizemos nossa parte espiritual. Ele é um ser vivo, é a nossa história. Nós planejamos a recepção do manto pelos tupinambás com nossos anciãos da aldeia o que não aconteceu. Ele chegou sem a gente saber”, afirmou a cacique tupinambá Jamopoty. O Museu Nacional, informou que, antes de apresentar o manto à sociedade, precisaria adotar “todos os procedimentos necessários para a perfeita conservação da peça, tão importante e sagrada para nossos povos originários”. Além disso, o Museu afirmou que avisou sobre a chegada do manto, por email, a todos os integrantes do Grupo de Trabalho para o Acolhimento do Manto Tupinambá, do qual Jamopoty faz parte. O Museu Nacional informou que a cerimônia de apresentação do manto aos tupinambás está sendo organizada pelo Ministério dos Povos Indígenas e que ainda não recebeu detalhes sobre o evento.
CARTILHA
O Ministério do Esporte divulgou o guia Paris 2024 com informações sobre atletas, procedimentos e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro.
Com informações sobre programas e leis de incentivo aos atletas, a cartilha apresenta dados sobre conquistas com o apoio desses investimentos, como medalhas e ascensão no ranking mundial do paradesporto. A cartilha explica adaptações feitas nos esportes, considerando as classificações das deficiências. As modificações variam de acordo com o esporte e nível de suporte necessário pelo atleta. No atletismo, os atletas têm a possibilidade de usarem o cordão de ligação. Na bocha, o uso de hastes, calhas e instrumentos de auxílio, além da presença de assistentes esportivos. Nos Jogos Paralímpicos de Paris, que começaram nesta semana, o Brasil vai competir com a maior delegação da história em evento fora do país. Do total de 280 atletas, 274 pertencem ao programa Bolsa Atleta, 98% foram convocados. Entres as 22 modalidades, a delegação brasileira está presente em 20 categorias, sendo: tênis de mesa, ciclismo, futebol de cegos, badminton, bocha, canoagem, esgrima, halterofilismo, hipismo, judô, goalball, natação, remo, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo e vôlei sentado.
LEI MARIA DA PENHA
O programa Viva Maria se despede do mês de agosto enaltecendo a importância das comemorações em torno dos 18 anos da lei de enfrentamento à violência doméstica em nosso país. Este projeto homenageia, as mulheres que foram as principais responsáveis pela elaboração do projeto que deu luz à criação dessa lei festejada pela ONU como uma das três melhores do mundo. Nesta edição, a relatora do projeto de lei, a deputada Jandira Feghali, explica que grande parte desse sucesso se deve a grande mobilização das mulheres do Brasil no enfrentamento à violência. A CEPIA, (Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação), através do depoimento de Jacqueline Pitanguy, uma de suas coordenadoras , presta homenagem, em memória, a advogada feminista, Elizabeth Garcez, referência do Direito de Família e das Mulheres.”Era advogada feminista, alegre, integrou o grupo de advogadas feministas que deram o ponta pé inicial na criação da Lei Maria da Penha e trabalharam em seu desenho jurídico. Salve Betty”, comenta Pitanguy. Adriana Mota, da Articulação das Mulheres brasileiras, relembra outra grande referência e destaque na galeria das notáveis da Lei Maria da Penha: Nilcéa Freire, ex-reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, médica, pesquisadora, ex–ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Nilcéa faleceu em 28 de dezembro de 2019, vítima de um violento câncer. Adriana, que era amiga pessoal de Nilcéa reconta um pouco da vida e obra da ex-ministra.
“A construção da Lei Maria da Penha me aproximou muitíssimo da Nilcéa, não só por causa da lei, mas porque Nilcéa construiu verdadeiramente um programa de enfrentamento à violência contra as mulheres no governo federal, com o Ligue 180, com a própria Lei Maria da Penha, com uma série de medidas que ela tomou para que o enfrentamento à violência contra as mulheres fosse uma pauta de estado, de governo”, finalizou Adriana.
ESCALPELAMENTO
No Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento, a coordenadora do Espaço Acolher falou sobre o trabalho de atendimento às vítimas realizado pelo Espaço na Santa Casa de Belém, no Pará. Na entrevista, a assistente social Luzia Matos explicou que o acolhimento às vítimas começa pelo serviço psicossocial, prestando auxílio com questões documentais de previdência e dando todo apoio para o tratamento fora do domicílio. Segundo a coordenadora, algumas pessoas chegam ao espaço com tanta dor que é preciso alguns dias de acompanhamento pra que elas consigam falar com a equipe da Santa Casa. Luzia ressaltou a importância das vítimas terem um local seguro onde podem compartilhar suas histórias com outras pessoas que já enfrentaram ou enfrentam as mesmas dificuldades.