As práticas integrativas são importantes para complementar o tratamento de diversos distúrbios e doenças, incluindo a depressão.
Práticas integrativas
Atividades como a yoga e a meditação, por exemplo, estão entre as disponíveis em mais de 9 mil estabelecimentos distribuídos pelo Brasil e ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As terapias estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. Em 2017, foram registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais em práticas integrativas e complementares. Somando as atividades coletivas, a estimativa é que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participem dessas práticas no SUS.
Atividades
Yoga é de origem indiana e trabalha diversos aspectos do corpo, da mente e do espírito. Os primeiros estudos científicos foram conduzidos em 1924 pelo Swami Kuvalayananda, que é considerado o pioneiro da yogaterapia. A prática pode reduzir o estresse, aliviar a ansiedade, depressão e insônia, além de melhorar a aptidão física, força e flexibilidade de maneira geral.
A meditação é um caminho para quem busca tranquilidade e qualidade de vida e tem efeitos práticos sobre a saúde, aliviando a ansiedade e o estresse e atuando sobre doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, doenças autoimunes, obesidade e depressão.
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“Pessoas que meditam apresentam um maior autocuidado, com melhora dos hábitos de vida, além de serem mais compassivas, mais cooperativas, menos reativas e mais felizes”, explica a médica e professora de meditação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Maira Polcheira.
Existem vários tipos de meditação com métodos e objetivos distintos, contudo pode-se dizer que tradicionalmente a prática é a arte de familiarizar-se com algo, no caso com a própria mente. “A meditação possui o potencial de atingir uma diversidade enorme de usuários. É comumente indicado para caso de depressão, ansiedade, insônia e é reconhecida como uma poderosa ferramenta ao combate ao estresse”, explica Nícolas Augusto, técnico da Secretaria de Saúde de Recife.
De acordo com terapeuta Nícolas Augusto, a população que tem contato com a prática tem aderido em 100%. “Por vezes, surgem usuários nos primeiros encontros descrentes no processo meditativo e, principalmente, em si mesmos. Por estarem imersos no imaginário coletivo sobre o que é meditação, acreditam que nunca irão conseguir. Existem muitos mitos do que é meditação sendo a maioria deles são inverdades, como achar que é algo religioso”, conta.
O Brasil é líder na oferta de modalidades na atenção básica da rede de saúde pública. A PNPIC foi publicada em 2006 e, agora, são 29 práticas integrativas e complementares oferecidas à população com 1,4 milhões de atendimentos individuais e 5 milhões de brasileiros atendidos, incluindo 35 mil sessões de Yoga.
Em 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) eram ofertados apenas cinco procedimentos. Após 10 anos, em 2017, foram incorporadas 14 atividades, chegando as 19 práticas disponíveis atualmente à população: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.