A Confederação Nacional de Municípios (CNM) aumentou a estimativa de prejuízos decorrentes das chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo balanço da entidade, os municípios gaúchos afetados pelos temporais desde o fim de abril já contabilizam mais de R$ 8,9 bilhões de prejuízos financeiros: R$ 2,4 bilhões no setor público, R$ 1,9 bilhão na iniciativa privada e R$ 4,6 bilhões no segmento habitacional.
Até o momento, foram registrados impactos em 105,6 mil habitações (veja detalhamento abaixo).
A entidade de municípios, que acompanha diariamente a situação, reforça que os dados são parciais, uma vez que as gestões locais enfrentam dificuldades de inserir as informações nos sistemas.
A tragédia já soma 148 mortes confirmadas e 124 pessoas desaparecidas, de acordo com boletim da Defesa Civil divulgado nesta terça-feira (14/5). Até o momento, mais de 70 mil pessoas estão em abrigos e 538 mil seguem desalojadas. Não há óbitos em investigação.
Há 446 municípios afetados, segundo a Defesa Civil estadual. Destes, 397 foram reconhecidos pelo governo federal em estado de calamidade pública, dos quais 331 registraram os decretos no sistema federal.
Apenas 73 municípios começaram a inserir os valores de prejuízos públicos e privados. Portanto, o total de R$ 8,9 bilhões diz respeito aos prejuízos de 73 cidades.
Impacto nas habitações
- Danificadas: 96,5 mil;
- Destruídas: 9,1 mil;
- Total de unidades habitacionais: mais de 105,6 mil;
- Prejuízos na habitação: R$ 4,6 bilhões.
Principais setores públicos afetados:
- Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras, prédios de serviços públicos, instalações de usos comunitários etc.): R$ 428 milhões em prejuízos;
- Obras de infraestrutura (pontes, calçamento, asfaltamento de ruas e avenidas, viadutos, sistemas de drenagens urbanas etc.): R$ 1,7 bilhão em prejuízos;
- Sistema de transportes: R$ 83,6 milhões em prejuízos;
- Assistência médica emergencial: R$ 8,8 milhões em prejuízos;
- Sistema de esgotamento sanitário: R$ 18,5 milhões em prejuízos;
- Limpeza urbana e remoção de escombros (recolhimento e destinação): R$ 37,7 milhões em prejuízos;
- Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 4,8 milhões em prejuízos;
- Sistema de ensino: R$ 83,8 milhões em prejuízos;
- Abastecimento de água: R$ 11 milhões em prejuízos;
- Sistema de controle de pragas e vetores (desinfestação e desinfecção): R$ 1,2 milhão em prejuízos;
- Distribuição de combustíveis: R$ 2,1 milhões em prejuízos;
- Segurança pública: R$ 2 milhões em prejuízos; e
- Telecomunicações: R$ 965 mil.
Principais setores privados afetados
- Agricultura: R$ 1,3 bilhão em prejuízos;
- Pecuária: R$ 165,3 milhões em prejuízos;
- Indústria: R$ 255,5 milhões em prejuízos;
- Comércios locais: R$ 127,5 milhões em prejuízos; e
- Demais serviços: R$ 84,5 milhões em prejuízos.
Com informações do Metrópoles