As tristezas e as situações desesperadoras sempre existirão neste mundo. Nada será pleno, sem sofrimentos. Percebemos no começo do mês de maio que no Rio Grande do Sul a tragédia assolou a população e as pessoas ficará sem eira nem beira. Desprovidas de quaisquer garantias. Ainda hoje as situações estão caóticas no estado. Dizem os especialistas que o clima está diferente e está mesmo. O mundo está dando sinais reais de desgastes cumprindo-se o que o Senhor já anunciara a muito tempo em Isaías 51.6: “Olhem para o céu, lá em cima, olhem para a terra, aqui embaixo. O céu desaparecerá como fumaça, a terra ficará gasta como uma roupa velha, e os seus moradores morrerão como se fossem moscas. Mas a minha vitória será total, o meu poder durará para sempre.” E também no salmo 102.24-28: “(24)Ó meu Deus, tu que vives para sempre, não me leves agora, antes que eu envelheça! 25No começo, criaste a terra e, com as tuas próprias mãos, fizeste o céu. (26)A terra e o céu vão acabar, mas tu viverás para sempre. A terra e o céu se gastarão como roupas. Tu os trocarás como se troca de roupa, e eles serão jogados fora. (27)Mas tu és sempre o mesmo, e a tua vida não tem fim. (28)Os nossos filhos viverão em segurança, e os seus descendentes terão sempre a tua proteção.” Sim a criação de Deus está ansiosa pelo dia d SENHOR. Pois, sofre e sente o sofrimento que os filhos de Deus estão passando.
Ainda bem que o Senhor Deus interviu no mundo, veio ao nosso encontro e nos consolou com a sua presença visível, por meio do Senhor Jesus. Sim! Ele é a única esperança real para este mundo. De nada adiantará o ser humano se desesperar, só ele pode dar salvação e apaziguar os tormentos. O Evangelho de Marcos 4.35-41 é um belo exemplo do quanto a natureza também está inquieta e aguarda o dia da vinda do Senhor. Mas, nesta inquietação a natureza furiosa acaba causando danos e medos assombrosos aos seres humanos. Um belo exemplo é a tempestade citada pelo evangelista Marcos que mostra que os discípulos assustados e recorrem a Jesus e então fica tudo bem. Estes medos, podem e deixam marcas no corpo e no psicológico das pessoas. Mas, cabe lembrar que tudo está no controle. Pensando nisso, recordei do texto de Jó 38.1-11 numa das conversas de Deus com Jó onde Deus faz uma série de questionamentos a Jó e ele não consegue responder, nem ele, nem os maiores estudiosos. Por exemplo, hoje tentam colocar goela abaixo que somos descendentes de macacos. Eu não sou e nem você. É preciso muita fé para acreditar numa aberração desta. Somos filhos de Deus criaturas únicas moldadas pelas mãos do próprio SENHOR Deus. Naquela conversa com Jó, uma pergunta simples que os seres humanos não conseguem responder, mas Deus tem a resposta como porque o mar não ultrapassa os seus limites. A resposta é clara como a luz do dia, Jó 38. 11: “E eu lhe disse: ‘Você chegará até este ponto e daqui não passará. As suas altas ondas pararão aqui.’” E em Jeremias fica claro que tudo que Deus criou tem um propósito, inclusive a praia, Jeremias 5.22: “Eu sou Deus, o Senhor. Por que vocês não me temem? Por que não tremem na minha presença? Fui eu que pus a areia como limite do mar, um limite permanente que ele nunca pode atravessar. O mar fica bravo, mas não pode avançar; as ondas rugem, mas não podem passar.” Que coisa Maravilhosa. Por isso, podemos dizer juntos com os discípulos nas horas de sofrimentos e angústias: “SENHOR, salva-nos!” Senhor, salva-nos por que as onde de angústia sã enormes e nos abatem. Mas como está escrito no Evangelho: O clamor precisa ser direcionado a Cristo. Sem Cristo não há paz, nem salvação. Senhor Jesus Salva-nos, é preciso que assim seja. É preciso que o clamor fosse direcionado a Jesus, pois a exemplo dos discípulos é o único ao qual podemos recorrer e ele assim o quer. Recorrer a Jesus essa é a lição uma bela lição nos é transmitida através do relato do evangelista Marcos.
I – SENHOR, salva-nos!!! Porque estamos afundando.
Marcos mostra Jesus ensinando aos seus discípulos por meio de parábolas. O texto não nos diz se foi um ida cheio, mas é provável que Jesus tenha passado o dia todo ensinando. Ao final da tarde, provavelmente muito cansado, Jesus desejava descansar um pouco. E assim como qualquer ser humano o Salvador foi repor as energias com um sono. Como já estava dentro do barco que servia de tribuna para falar ao povo (Macos 4.1). Temos muito a aprender com o Senhor, uma delas também é sobre o descanso, mas também que o descanso e paz é vido dele mesmo como no caso os discípulos que só tiveram paz frente a situação desesperadora quando Jesus interveio. A voz de Jesus, mesmo que com dureza acalmou até mesmo a tempestade. Assim também, mesmo que a voz de Jesus seja dura para conosco, ela é uma voz que acalma e cura as feridas e apazigua quem está ansioso e nervoso.
Diz o texto que de nada estava adiantando os esforços dos discípulos, eles precisavam da presença de Jesus. Nós precisamos dele do contrário só ficaremos angustiados e sem forças.
Um belo exemplo do que a presença de Jesus faz na vida das pessoas é o que está sendo dito por Paulo ao cristão de Corinto, quando ele lembra que tem passado por sofrimentos, rejeição e todo tipo de miséria humana, mas está em paz, pois está com Jesus. Paulo diz assim em 2 Coríntios 6.1-13: “(1)Portanto, nós, como companheiros de trabalho no serviço de Deus, pedimos o seguinte: não deixem que fique sem proveito a graça de Deus, a qual vocês receberam. (2)Escutem o que Deus diz: “Quando chegou o tempo de mostrar a minha bondade, eu atendi o seu pedido e o socorri quando chegou o dia da salvação.” Escutem! Este é o tempo em que Deus mostra a sua bondade. Hoje é o dia de ser salvo. (3)Não queremos que alguém ache defeito no nosso trabalho e por isso fazemos o possível para não atrapalhar ninguém. (4)Pelo contrário, em tudo mostramos que somos servos de Deus, suportando com muita paciência as aflições, os sofrimentos e as dificuldades. (5)Temos sido chicoteados, presos e agredidos nas agitações populares. Temos trabalhado demais, temos ficado sem dormir e sem comer. (6)Por meio da nossa pureza, conhecimento, paciência e delicadeza, mostramos que somos servos de Deus. Por meio do Espírito Santo, temos mostrado isso pelo nosso amor verdadeiro, (7)pela mensagem da verdade e pelo poder de Deus. Por vivermos em obediência à vontade de Deus, temos as armas que usamos tanto para atacar como para nos defender. (8)Somos elogiados e caluniados; alguns nos insultam, outros falam bem de nós. Somos tratados como mentirosos, mas falamos a verdade; (9)somos tratados como desconhecidos, embora sejamos bem-conhecidos de todos; somos tratados como se estivéssemos mortos, mas, como vocês estão vendo, continuamos vivos. Temos sido castigados, mas não fomos mortos. (10)Às vezes ficamos tristes, outras vezes ficamos alegres. Parecemos pobres, mas enriquecemos muitas pessoas. Parece que não temos nada, mas na verdade possuímos tudo. (11)Queridos amigos de Corinto, temos falado francamente e temos aberto completamente o nosso coração para vocês. (12)Não temos fechado o nosso coração; vocês é que têm fechado o coração de vocês para nós. (13)Eu falo com vocês como se vocês fossem meus filhos. Tenham por nós os mesmos sentimentos que temos para com vocês e abram completamente o coração de vocês para nós.” Mesmo em meio a tudo isso, não é o sofrimento que tem a supremacia, mas a esperança e convicção que tudo isso é passageiro e quando o Senhor agir, vier, tudo isso terá um fim.
As tempestades, que enfrentamos na vida também são momentos desafiadores que precisam ser vistos como uma possibilidade de sentirmos a voz de Jesus nos defendendo e amparando. A tempestade que te derruba ela em Cristo será dissipada, clame e ele te responderá. No caso dos discípulos diz o texto que de repente uma tempestade se formou sobre o mar. Se fosse nos dias de hoje, os telejornais anunciariam que era um ciclone extratropical. A violência do mar tornou-se tão grande que as ondas estavam entrando no barco. Os discípulos talvez tenham pensado que com seus próprios esforços conseguiriam livrar-se da morte que estava chegando com a tempestade. Talvez tivessem empreendido seus esforços ao máximo, ao limite da capacidade do ser humano para escapar da morte. E aí foram parados na total incapacidade humana de vencer as conseqüências do pecado.
Diante da incapacidade, tomados pelo medo, os discípulos não viram outra alternativa a não ser recorrer àquele homem que era também o Filho de Deus. – SENHOR, salva-nos porque estamos afundando. Senhor Salva-nos estamos afundando.
Assim nós também nos colocamos tal como os discípulos. Somos totalmente incapazes de fugir de nosso pecado e da morte eterna por esforços próprios. Sozinhos afundamos. Precisamos de Cristo para alcançarmos a salvação. Somos salvos somente pelo poder da Palavra de Deus.
II – SENHOR, salva-nos!!! Porque queremos viver.
É comum escutarmos frases como: “Foi Deus que quis que fulano morresse…” Mas ela não é verdadeira. Deus apenas permite a morte e escolhe a hora da nossa morte. Vejamos: Salmo 116.15.
A morte chega até nós por causa do pecado do ser humano. Paulo nos diz que o salário do pecado é a morte, mas que o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus (Romanos 6.23). O ser humano não foi criado por Deus para morrer e sim para viver uma vida eterna.
Por causa do medo da morte, os apóstolos estavam desesperados quando acordaram a Jesus e disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? Este pedido parece uma repreensão a Jesus pela tranqüilidade dele, mas com certeza motivada pelo medo da morte iminente. Isto demonstrava uma fé pequena. Pois Jesus tornou-se o último recurso, quando deveria ser o primeiro. Mas apesar disso, Jesus não magoa-se com o questionamento. Ele entende aquela pergunta através da pequeneza humana diante da onipotência divina. É como se escutasse um sonoro grito: Queremos viver!!! É como se dissessem: Não queremos a morte, queremos a vida. Mas é preciso lembrar que se queremos a vida então só Cristo pode nos dar. Precisa ser um pedido do pecador derrotado pelo pecado. É um pedido daquele que encontra-se perdido. É um pedido de ajuda a graça e a misericórdia do Pai.
III – SENHOR, salva-nos!!! Porque só tu tens o poder de salvar.
Não entendemos muitas vezes, que Jesus é o único que pode nos Salvar. Ainda pensamos, mas sempre foi assim, isto na nossa pequena e fraca compreensão racional, pode levar ao desespero e muitos tiram a sua própria vida, pois esquecem de dizer: Senhor, Salva-nos, ou Senhor, Salva-me. Assim também nós, a exemplo dos discípulos durante a tempestade, precisamos dizer, Salva-nos Jesus. Mas o nosso Deus é amoroso e compassivo e sempre dá ouvidos aos que a Ele busca. E foi com este sentimento que Jesus agiu quando acordou. Antes de qualquer coisa ele utiliza agora a sua natureza divina e com o poder da Palavra de Deus que lhe é próprio realiza mais um milagre e instantaneamente para o vento e as ondas do mar. Mostrando mais uma vez a onipotência de Deus sobre todas as coisas.
Cristo volta-se para os discípulos e os repreende: Vocês ainda não têm fé? Os discípulos mostraram-se outras vezes em fraqueza de fé. Mas este episódio era especial. O verdadeiro homem e verdadeiro Deus agindo para mostrar o seu amor ao ser humano pecador, a sua onipotência sobre a natureza e para mostrar em quem deve ser colocada a certeza da salvação.
Conclusão
Lembremos sempre: SENHOR, salva-nos porque por nossa própria razão ou força estamos afundando com o pecado e o que queremos é viver eternamente contigo. Sabemos que tu és amoroso e compassivo e reconhecemos que só tu tens o poder de salvar. Amém.
SENHOR, SALVA-NOS!!!

Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil em Macapá – Congregação
Cristo Para Todos; também atua como Missionário em Angola e Moçambique