Segundo o Dr. Leandro Gama, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a música estimula o cérebro de três maneiras diferentes: pela percepção musical – da melodia e da letra –, pelo reconhecimento e pela emoção. Esses estímulos têm efeito interessante em pacientes que sofrem com problemas que vão desde Alzheimer até hiperatividade. “Os benefícios da exposição à música são alvo de estudos com indivíduos de vários perfis e idades”, diz o Dr. Leandro. “Uma das teorias mais conhecidas sobre o assunto é o efeito Mozart, que mostra como crianças que ouviam música clássica quando recém-nascidas apresentam desempenho escolar melhor que as outras.”
Da mesma forma que a música estimula o aprendizado e as funções cognitivas, ela também é capaz de liberar dopamina e influenciar na sensação de bem-estar – o que tem efeito direto no tratamento de problemas como Parkinson e epilepsia, caracterizados pela deficiência dessa substância. “No caso de pessoas que sofreram lesões cerebrais, a música ainda ajuda a recuperar a capacidade de se comunicar”, explica o neurologista.