O Dia Internacional da Tolerância combate qualquer tipo de intolerância e preconceito, seja ele religioso, sexual, econômico ou cultural.
Nunca a humanidade necessitou tanto de construtores de pontes. A tolerância é um imperativo categórico. Com o advento das Redes Sociais e a globalização em suas várias manifestações, se disseminou o ódio, o preconceito, a banalização do mal.
Urge que todos sejam capazes de compreender o verdadeiro sentido da liberdade e do amor universal. A diversidade cultural, que é uma riqueza dos povos, acaba gerando mortes e guerras.
A origem do Dia Internacional da Tolerância remonta o ano de 1993. A UNESCO escolheu o ano de 1995 como o Ano das Nações Unidas para a Tolerância.
No Brasil a data é pouco conhecida. Talvez a ignorância e a falta de visibilidade se dêem justamente por vivermos num país tão desigual, tão injusto e tão racista.
Tolerância não é aceitar as pessoas e consentir suas práticas mesmo quando as desaprovamos fortemente. Tolerância envolve empatia, respeito e hamanidade1. Ser tolerante é um valor absoluto, necessário, isso faz da tolerância uma atitude complexa. Ser tolerante não significa compactuar com a banalização do mal. Existem limites para o que podemos fazer a fim de prevenir que a violência se propague, mas não há necessidade de que nos controlemos por conta de tolerância para com essas ações, como se elas fossem uma expressão dos valores dos intolerantes.
A tolerância exige de todos amarem sem limites. De forma alguma o valor da tolerância pode compactuar com a omissão, indiferença, pacto com os intolerantes, violências e preconceitos. Na pedagogia do diálogo se faz necessário separar estruturas de morte com pessoas. A meu ver é fundamental o respeito a dignidade da vida.
Com o advento da internet, as redes sociais deram voz a ignorância e ao ódio. As pessoas esquecem que existe legislação que norteiam direitos e deveres. Liberdade de expressão não dá direito a ninguém de destilar ódio contra quem quer que seja.
Somente o exercício da tolerância poderá construir um mundo sem guerra. As religiões e ideologias não estão acima do direito universal, natural e humano. Aqui se trata de direitos fundamentais. Sem respeito jamais haverá liberdades.
É possível que todos apenas se respeitem. Respeitar o outro, já significa amá-lo. Afirmar o protagonismo da tolerância significa neutralidade. Todas as guerras em várias partes do globo foram frutos da intolerância. Estancar essa violência não seria uma utopia fácil. Porém urgente. O planeta necessita de paz e sem equidade e respeito jamais haverá justiça social