Faz de conta que cheguei agora, a nona hora, a primeira hora…
Não importa a hora.
Faz de conta que cheguei agora.
Misteriosa…
Faz de conta que cheguei da Atlântida, visita inesperada.
Deslumbrada…
Cheguei por jardins e bosques sorvendo aromas de campinas e cerrados.
No entanto, alerta-me o “Graça”, seja objetiva, aqui há vidas, mas Vidas Secas.
Não o Aranha, o Ramos, o Graciliano Ramos.
Aquele que tem Memórias do Cárcere.
Se as vidas são secas,
conco-mitante-mente
desertificou-se as pradarias, as emoções e as mentes.
Os sentimentos foram sacrificados em nome do Mercado.
Restou algo na sociedade de vidas secas?
Algo que permitisse a cadela Baleia um novo final?
Somente o rescaldo dos hipnotizados,
no borralho dos sonhos embaralhados,
OS FILHOS DA FOME.
O sertão de verdes gramados,
com preás gordos para caçar e a apetência saciar,
apenas um delírio da hora última para consolar.
Carência permanente de pão, água, respeito e bondade.
Um cobertor, um agrado, um carinho, um afago.
Meninas e meninos desumanizados pelos decretos dos abastados,
mensageiros da mentira – projeto e prática com maestria executados.
O beijo molhado, o abraço sorridente, a gentileza dos gestos.
Tudo robotizado.
O silêncio no deserto é um grito agudo, horripilante…
E há muitos desertos.
Desertos vagando por nossos ambientes ditos civilizados.
Faz de conta que cheguei agora, a nona hora, a primeira hora…
Não importa a hora.
Faz de conta que cheguei agora.
Misteriosa…
Faz de conta que cheguei da Atlântida, visita inesperada.
Deslumbrada…
Cheguei por jardins e bosques sorvendo aromas de campinas e cerrados.
No entanto, alerta-me o “Graça”, seja objetiva, aqui há vidas, mas Vidas Secas.
Não o Aranha, o Ramos, o Graciliano Ramos.
Aquele que tem Memórias do Cárcere.
Se as vidas são secas,
conco-mitante-mente
desertificou-se as pradarias, as emoções e as mentes.
Os sentimentos foram sacrificados em nome do Mercado.
Restou algo na sociedade de vidas secas?
Algo que permitisse a cadela Baleia um novo final?
Somente o rescaldo dos hipnotizados,
no borralho dos sonhos embaralhados,
OS FILHOS DA FOME.
O sertão de verdes gramados,
com preás gordos para caçar e a apetência saciar,
apenas um delírio da hora última para consolar.
Carência permanente de pão, água, respeito e bondade.
Um cobertor, um agrado, um carinho, um afago.
Meninas e meninos desumanizados pelos decretos dos abastados,
mensageiros da mentira – projeto e prática com maestria executados.
O beijo molhado, o abraço sorridente, a gentileza dos gestos.
Tudo robotizado.
O silêncio no deserto é um grito agudo, horripilante…
E há muitos desertos.
Desertos vagando por nossos ambientes ditos civilizados.