Nesta quinta-feira, 14, o governador do Estado do Amapá, Waldez Góes, e o prefeito de Macapá, Clécio Luís, trataram durante videoconferência com prefeitos, as novas medidas restritivas de quarentena que serão anunciadas na sexta-feira, 15, às 11h.
O Governo do Amapá também atualizou os secretários municipais de saúde sobre o protocolo desenvolvido para a rede de atendimento em todo o estado.
A videoconferência com a Associação dos Municípios do Estado do Amapá (Ameap) abordou essas duas pautas na intenção de discutir as demandas dos municípios e esclarecer as medidas que serão tomadas a partir da próxima segunda-feira, 18, após o fim do prazo do último decreto estadual de quarentena.
No início da reunião, a Ameap apresentou um plano para o fortalecimento da regionalização das unidades hospitalares, facilitando o acesso a municípios da região central do estado à rede de atendimento. Logo, a Secretaria de Estado da Saúde ficou responsável por avaliar e dar andamento na implantação de salas de estabilização nas unidades hospitalares dos municípios.
Medidas restritivas
Na manhã desta sexta-feira, 15, serão anunciadas as medidas restritivas para os próximos 15 dias de quarentena em todo o Estado. O governador Waldez e o secretário de Justiça e Segurança Pública, Cel. Carlos Souza, explanaram pontos do novo decreto aos prefeitos e abriram o debate sobre as medidas e também sobre como seriam elaborados os decretos municipais para a quarentena.
Waldez ressaltou a necessidade de medidas mais duras e de maior conscientização da população.
“Vamos endurecer nas medidas, de maneira que a gente consiga diminuir o fluxo de pessoas e que aumente a consciência. Realmente começamos o processo de restrição em boa hora, temos que estar pactuados em sermos todos mais rígidos. Precisamos apoiar e defender essas medidas”, disse.

Protocolo de atendimento
Na pauta sobre o protocolo da rede de atendimento, o foco era os secretários municipais de saúde de cada município para a disseminação das informações atualizadas. O representante do comitê médico do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coesp), Pedromar Melo, explicou os procedimentos que devem ser tomados.
O protocolo desenvolvido pelo comitê médico e de Defesa Civil é voltado para atenção primária, desde a triagem de pacientes com ou sem fatores de riscos ou comorbidades, passando pelo diagnóstico médico de casos leves, moderados ou graves. Foi sugerido ainda uma série de condutas sobre registros e notificações, assim como do tipo de medicação que pode ser adotado, de acordo com a fase de cada paciente.
Os médicos da rede podem iniciar o tratamento com medicações que o protocolo sugere. Aos pacientes de quadro leve é recomendado a medicação a base de hidroxicloroquina, cloroquina associada a azitromicina e a associação, ou não, a algum outro antiviral, que pode ser a ivermectina e nitazoxanida.
Aos pacientes com quadro moderado, na fase inflamatória, o protocolo prevê a utilização de corticoides, de anticoagulantes e de remédios que atuam na desinflamação do pulmão, freando a tempestade inflamatória, diminuindo assim o risco de que o paciente evolua para a terceira fase, que é a fase crítica.
“Fazendo isso, diminuímos o risco de agravamento de pacientes e consequentemente o colapso da rede de atendimento e o número de óbitos, com isso conseguimos manter as pessoas mais saudáveis, diminuindo o risco. O protocolo é referência a nível nacional, temos a satisfação de estar repassando para outros estados como Rio de Janeiro e Tocantins”, ressaltou o médico.
O prefeito Clécio Luís testemunhou durante a videoconferência sobre a utilização do protocolo na rede básica de saúde.
“Queria reforçar o uso do protocolo terapêutico, nos agarramos nisso em Macapá. Temos relatos de pacientes e de colegas de trabalho que entraram rapidamente com a medicação do atual protocolo e se recuperaram rapidamente. Caso haja o diagnostico médico, mesmo sem o teste, a recomendação é para iniciar o tratamento o quanto antes”, disse.