A pretensão dos governantes dos EUA tem presenteado ao país e ao povo enormes prejuízos como demonstra a recente tentativa, que durou 20, de dominar o povo Afegão. O balanço da guerra do Afeganistão é trágico, os governantes americanos investiram trilhões de dólares, sem falar nas milhares de vidas sacrificadas, na malfadada guerra da qual, mais uma vez saíram derrotados como na maioria das que se envolveram e saíram com o ‘rabo entre as pernas’. Tiveram que gastar bilhões de dólares para convencer o mundo com suas desculpas ‘esfarrapadas’, na tentativa vã de ‘tapar o sol com uma peneira. Tal atitude que abalou as finanças do país desviou recursos da ciência, educação, saúde, astronáutica, informática e muito mais, o povo americano sofreu danos irreparáveis que, provavelmente, levarão algumas dezenas de anos para serem ‘mitigados’, um verbo bem em voga hoje.
A cúpula da Democracia do Biden para festejar o seu 1° ano de governo cometeu erros monumentais, entre eles, excluir países como se fossem de outro planeta ou os seus povos fossem menos humanos. O que se pode perceber, a priori, é a pretensão e arrogância americana que, como sempre, fazem o povo americano e o mundo sofrerem.
O critério Biden para escolher os participantes foi a ilusória percepção que os escolhidos comungam dos seus mesmos ideais e plataformas políticas ou que estão dominados por seu charme e formosura. Esta postura narcisista do atual Presidente dos EUA vai, pouco a pouco, transformando o famoso sonho americano em pesadelo americano. Claro que os governantes americanos há muito perceberam que a geopolítica é um enorme tabuleiro onde se joga uma partida de xadrez que as vitórias são atemporais e passageiras, todavia, o que não perceberam é que nenhum deles se equipara a Garry Kasparov ou Bob Fisher, o que os faz derrotados na maioria das vezes que jogaram, o mundo mudou muito desde a chamada 2ª. Guerra mundial, cuja vitória foi fruto de uma aliança e não de seu país.
A ideia é que a cúpula sirva de plataforma para que os líderes “anunciem novos compromissos, reformas e iniciativas” com base em três pilares: a defesa da democracia contra o autoritarismo, a luta contra a corrupção e o respeito aos direitos humanos, afirmou na terça-feira (7) um funcionário do governo americano, que pediu anonimato.
Antes mesmo de começar, porém, o evento gerou polêmica por seu critério para convites. Alguns países importantes ficaram de fora, como China, Rússia e Arábia Saudita, o que poderia levar a crer que seriam evitadas nações que desrespeitem direitos humanos.
Porém, como ressalta a colunista Sandra Cohen, Paquistão e Filipinas, que também não têm exatamente um histórico exemplar nessa questão, foram chamados a participar. A diferença seriam algumas parcerias mantidas por esses países com os EUA. Também ficaram fora da lista oito países latino-americanos: Venezuela, Nicarágua, Cuba, Bolívia, El Salvador, Honduras, Guatemala e Haiti.
Os excluídos podem interpretar que os Estados Unidos aplicam a política do ‘se não está comigo, está contra mim’ e desembocar em dois grupos, “o das democracias e os demais”, afirma Christopher Sabatini, pesquisador da organização Chatham House.
“Se não agir com cautela, (Biden) pode criar dois blocos”, sem que cada um deles tenha necessariamente uma afinidade ideológica, de modo que “o clube dos bons obteria benefícios diplomáticos e reconhecimento na Casa Branca, e os outros ficariam para trás”, explica.
Outra questão discutida pela imprensa norte-americana às vésperas do evento é a situação da democracia dentro dos próprios Estados Unidos, e se o país seria, neste momento, o melhor exemplo de uma democracia plena e funcional. G1 em 09/12/2021.
Outro erro gravíssimo do Presidente Biden e sua ‘trupe’ é a falta de reconhecimento da diversidade cultural, política, ideológica, religiosa e racial dos povos dos países que fazem parte da ‘colcha de retalhos’ que é o ‘mapa mundi’. É um erro monumental tratar de forma igual os desiguais esperando que todos sigam a mesma cartilha ‘bindeniana’. O presidente tem que sair da ‘bolha imaginária’ que vive onde a mídia internacional criou um mundo de metaverso, tem que começar a atentar para o mundo real e perceber o que diz o dito popular brasileiro – cada macaco no seu galho ou, para evitar qualquer tipo de conotação, uma frase criada por mim neste instante ‘cada pássaro no seu ninho’.
O que o governante dos EUA tem que enxergar é que os aliados ocasionais são apenas isso e não amigos. Tal aliança somente perdurará enquanto os interesses forem comuns. Será que acredita que a toda poderosa União Europeia, tradicional dona do mundo, na qual alguns países ainda possuem colônias em todo o planeta, é amiga e transferirá o seu poder para uma ex colônia? Aqui no Brasil existe outro dito popular muito comum – assaltantes não brigam durante o assalto e sim durante a partilha.
Qual o resultado de tal cúpula? O Presidente Biden na ânsia de criar uma nova ordem açodadamente e visando demonstração de força, simplesmente, criou uma nova desordem. Lamentavelmente não pôde compartilhar juntamente comigo os ensinamentos da minha saudosa e sábia mãe que volta e meia, se referindo a fracassos que testemunhava, dizia – pensando que se benzia quebrou o nariz. Ah! As reminiscências de infância sempre contaminando meus artigos, peço vênia aos leitores.