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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > Rui Guilherme > NO TEMPO EM QUE AS ROSAS FALAVAM
ColunistaRui Guilherme

NO TEMPO EM QUE AS ROSAS FALAVAM

Rui Guilherme
Ultima atualização: 29 de maio de 2021 às 15:59
Por Rui Guilherme 4 anos atrás
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Diz o cancioneiro que as rosas não falam, simplesmente as rosas exalam. Tempo houve, contudo, em que as rosas falavam, como falavam os cravos, as margaridas, os girassóis, as orquídeas. Que tempos, aqueles! Lindos tempos, suaves, coloridos, a vida em tons pastéis…

Tempos de menino boquiaberto na beira do cais, embasbacado a contemplar enormes cascos negros de navios vindo de lugares remotos, ostentando nomes evocativos, um chamado “Vamos”, outro chamado “Venimos”, outro, “Pourquois pas”. E dava para imaginar o cheiro de salsugem, o vai e vem das vagas oscilantes em mares nunca dantes navegados. Ondas espumarentas cortadas pelo talha-mar a espalhar cortinas alvacentas enquanto o “Vamos” ia e o “Venimos” voltava a buscar abrigo no porto de escala.

O menino sonhava em fugir do cotidiano para embarcar como grumete a bordo daqueles barcos. Nem lhe passava pela cabeça quão dura seria a faina a bordo; só lhe ocorria a noção de que iria, enfim, saciar aquela sede de aventuras, a ida a lugares exóticos, o enfrentamento de tempestades em meio a ondas gigantescas. Mesmo não sendo fluente em francês, o que aprendera no colégio marista já dava para entender a pergunta sem ponto de interrogação pintada na estrutura do navio: “Pourquoi pas”, “Por que não”; e a resposta seria um sonoro sim: sim para a vida a bordo, sim para descobrir um mundo de coisas novas, sim para a saudade que iria deixar triste a menina para a qual iria mandar cartas lá do outro lado do mundo.

Engajar-se na tripulação e sair pelos mares deste mundo de meu Deus… Mas, e as saudades da menininha? E as provas do colégio que já iam começar? E o pai e a mãe, e os manos, os tios, os primos, os colegas, o molecório do futebol? Como largar esse tanto de coisas tão preciosas sem dar explicação a ninguém?

Naquele tempo em que as flores conversavam entre si, em que a rosa enfaceirava-se para o cravo e a orquídea, esnobe, petulante, fazia pouco das piscadelas que lhe lançava o gorducho girassol; naquele tempo em que um graveto encontrado à sombra da árvore na areia da praia logo se transformava em nave a singrar oceanos imaginários, permitindo ao menino criar as mais mirabolantes peripécias nas quais sempre havia um vilão a ser derrotado, uma mocinha ingênua e pura a ser resgatada, um herói a ser condecorado. Ah, que tempos, aqueles!

Eventual arco-íris a encher de cores o céu recém lavado pela chuva indicaria com precisão o lugar onde o gnomo havia escondido o balde abarrotado com peças de ouro. Bastava seguir o rumo indicado pelo arco do céu e logo o caçador de tesouros iria ter dinheiro mais do que suficiente para comprar o carrão conversível e nele ir buscar a menininha na saída da escola, matando de inveja o colega da série mais adiantada que se achava o máximo ao desfilar pelas ruas num jipe sem capota.

Se o balde do anão estivesse mergulhado nas águas, uma conversa com o comandante de um dos buques bastaria para convencê-lo a arriar um escaler. Nele, o menino, com uma guarnição de esforçados marinheiros, iria achar com facilidade o tesouro, e os sonhos de riqueza viravam realidade concreta. Adeus ao dinheirinho contado para pagar a passagem do ônibus.

Talvez que hoje se sonhe menos do que se devia. A vida, do jeito que ficou, obriga a desenvolver senso prático. Vêm à mente os versos do “Y Juca Pirama”: – “ Não  chores, meu filho/Não chores que a vida/ É luta renhida/A vida é um combate/Que aos  fracos abate/Que aos fortes e aos bravos/Só faz exultar.”

As rosas calaram. Orquídeas não mais dão foras em esperançosos girassóis. “Vamos”, “Venimos”, “Pourquoi pas”, há muito viraram ferro-velho:  foram esquartejados, e suas entranhas refundidas em lingotes empregados na confecção de variadas estruturas. Os arco-íris continuam aparecendo de vez em quando, mas não mais denunciam baldes de riquezas escondidos pelos anões.

O tempo foge e a vida é breve. Pela frente o que se anuncia não mais inclui plantas a trocar inocentes mexericos, nem barcos a desafiar viajores intrépidos, nem paisagens em tons suaves, nem melodias a evocar saudades.

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