Neste início de semana, quase julho, encerrando um junho mundialmente tumultuado por inúmeros acontecimentos nascidos da insensatez cultivada por séculos nas mentes, nos corações e nos atos. Principalmente nos atos e nas falas das lideranças, que para o bem da verdade, é bom que se diga, assim o são porque há multidões cujo coro é nelas manifestado. O líder em si resume os aspectos e aspirações oriundas do seu grupo agregado. Ele dá voz e poder a um grupo, coletividades. Ele não surge do “nada”, como diriam os sábios, “o nada sequer existe”.
Nesse cenário adverso, maluco e caduco, do presente ano de 2025, conversava com amigas, amigos, e , entre assombros e escombros oriundos de rios de hipocrisia e das enxurradas de ganância envelopada e carimbada, observei que algo se repetia nos corações humanizados: Seremos Resistência.
Sim, resistência. Não obstante a nossa consciência dos fatos (é necessário ser consciente, olhar de frente) , dos sufocos pessoais e continentais dos povos no planeta Terra, continuaremos a cultivar flores, dar gargalhadas, envolver em abraços os próximos e os distantes, olhar a Lua e contar estrelas, lembrar da infância, mergulhar nos contos das avós, escrever poemas para o amado imaginário, recitar a prece do anjo de guarda e seguir sorrindo para oferecer caminhos para nossos pés.
Sim, resistência. E acender a chama da Esperança que amanheça um novo dia no qual ressuscite em cada um a sua essência verdadeira e a liberdade floresça. Então, depois de tantos atropelos, seremos libertos de medos e ódios que foram em nós inoculados para nos dominarem e nos conduzirem para o matadouro. Cantaremos em coro, com Gilberto Gil, “Eu preciso aprender a só ser”; enquanto, florescem girassóis em toda a campina.
Continuaremos a sentir amor por nosso círculo de afetos com alegria que em muito se assemelha a luz que o Sol irradia.