Era um sábado. O sol nascia sobre um Brasil em transformação, com as rádios tocando Roberto Carlos e os noticiários atentos ao governo militar de Castelo Branco. Mas naquele dia 29 de maio de 1965, mais do que fatos políticos ou manchetes frias, o mundo presenciava algo muito mais simbólico: o nascimento de uma nova vida. Na cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, no amanhecer de um final de semana cheio de alegria. Uma pessoa que, ao longo dos anos, escreveria sua própria história, tocando outras com sabedoria, talento e humanidade.
O Brasil da Década de 60: Entre a Mudança e a Esperança
Em 1965, o país vivia sob o impacto do golpe militar de 1964. O presidente era Humberto de Alencar Castelo Branco, e a população ainda se adaptava a um regime de censura e repressão. Apesar disso, o espírito criativo do brasileiro resistia nas artes, na música e na educação.
O Brasil nessas seis décadas mudou muito de regime político, no entanto, pelo mundo ocidental e oriental, sob desculpas as mais variadas e apesar da velocidade da comunicação estantânea da internet, controle, repressão ainda são terminologias que se encaixam no mundo moderno atual, com as mais diversas vertentes de narrativas, que, se disfarçam de liberdade, de proteção, de cuidados coletivos, haja cristianismo verdadeiro para transformar egoísmo e orgulho em solidariedade e fraternidade real.
A televisão começava a se tornar popular, e a TV Globo daria seus primeiros passos naquele mesmo ano. As ruas vibravam com a chegada da Jovem Guarda, liderada por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, que davam voz a uma juventude ávida por liberdade.
Hoje, smartfones se proliferam entre uma sociedade frenética por telas, mas não no centro das salas das famílias, e sim, nas palmas das mãos de pessoas cada vez mais ansiosas e plugadas nas diversões e jogos de lazer e prazer imediatos e individuais.
O Mundo em 1965: Da Guerra ao Amor em Canções
Enquanto o Vietnã virava palco de uma guerra sem fim, os Beatles transformavam corações com “Help!”, e Bob Dylan soprava ventos de mudança com suas canções de protesto. O cinema encantava com “A Noviça Rebelde”, e o homem ainda sonhava com a Lua — sonho que se tornaria realidade quatro anos depois.
Foi nesse cenário, entre tensões globais e revoluções culturais, que nasceu uma geração destinada a ser ponte entre dois mundos: o analógico e o digital.
Se contássemos um dia como um parágrafo, minha história já teria mais de 21.800 páginas escritas até hoje. Cada dia vivido desde 29 de maio de 1965 carrega cenas de aprendizado, superações, encontros, partidas, conquistas e transformações.
Eu nasci no signo de Gêmeos, um signo de comunicação, inteligência e adaptação — características que não por acaso marcam fortemente minha trajetória. No horóscopo chinês, Ivonete é Serpente, símbolo de sabedoria e reflexão profunda.
Mas, vejamos o que mais aconteceu nesse ano de 1965 pelo mundo, haja vista que sou mais uma na multidão, sou importante para algumas dezenas de pessoas, todavia, o mundo já existia e continuará a existir sem mim.
Então, o Que Mais Aconteceu em 29 de Maio?
• O Everest foi escalado pela primeira vez nesta mesma data, em 1953, por Edmund Hillary e Tenzing Norgay — um sinal de que 29 de maio é dia de conquistar alturas.
• Em 1965, o mundo ainda não conhecia a internet, os celulares ou o DNA humano decifrado. Mas a semente de muitas inovações já germinava — como eu, como você.
Hoje, ao olhar para trás, carrego não apenas memórias, mas também a força de uma geração que viu o mundo mudar diante dos próprios olhos. De televisores em preto e branco a smartphones em tempo real. De cartas manuscritas a inteligências artificiais.
Se 1965 marcou o início da minha jornada, cada novo ano é uma página em branco que só você pode escrever — com a mesma coragem e brilho daquele sábado distante.
Hoje, com a experiência maravilhosa da chegada dos netinhos, constato, como já fazia há quarenta anos de profissão na área da educação, a força vital da criança que, desde os primeiros dias ao sair das barrigas de suas mães, são fortes e corajosas, se desenvolvem a olhos vistos, e enchem de esperança, amor e fé aos familiares e profissionais que com elas convivem.
Acredito que o nascimento de cada criança é como a renovação da confiança do Criador na humanidade inteira.
A vida é o maior presente que recebemos do Todo Poderoso Deus. Deve ser levada à sério e deve ser celebrada na alegria e na dor, na saúde ou na doença. Todo dia é dia de agradecer pelo dom que é viver. Quero compartilhar com vocês, leitores e seguidores das minhas redes sociais a felicidade de estar sessentando.
E não, ainda não tenho tudo que sonho, até porque eu sonho alto e grande! Mas amo tudo que sonhei, pedi e recebi nessas seis décadas de muita história pessoal!
O mandamento maior que Jesus pregou quando passou sobre a Terra é: “Amai-vos, como Eu vos amei” (Jo 13, 34); e em outra passagem dos Evangelhos Ele, o Mestre dos mestres ensinou: “Amar o próximo como a si mesmo” (Mt. 22 – 37 – 39), então, quero seguir amando e me amando!
Num mundo adoecido pelo hedonismo, dedicação ao prazer próprio como estilo de vida, prática lá do antigo Império Romano e tão em voga nos dias atuais; pela descrença na essência e no endeusamento da aparência, quero ir contra a corrente, quero subir o monte Everest dos meus desafios interiores e amar a mim e aos outros que a vida colocar em meu caminho; porque a vida nos é dada para grandes coisas e a maior delas é Amar !
“29 de Maio de 1965: Quando o Mundo Ganhou uma Nova História”

Professora, historiadora, coach practitioner em PNL, neuropsicopedagoga
clínica e institucional, especialista em gestão pública.