Ninguém deve esquecer que o medo é um sentimento tão forte que baixa a imunidade.
Vamos tratar dos medos humanos bizarros talvez precisemos dar um passeio rápido pela história da humanidade com auxílio da Wikipédia. A história da humanidade ou história humana descreve a história dos seres humanos como determinada pelos estudos arqueológicos e registros históricos. A chamada História Antiga começa com a invenção da escrita.
Há certas dúvidas sobre quais foram exatamente os nossos antepassados mais remotos. Os seres humanos modernos só surgiram há cerca de 200 mil anos. Os humanos são primatas e surgiram na África; duas espécies que pertenceram aos primórdios da evolução dos hominídeos foram o Sahelanthropus tchadensis, com um misto de características humanas e símias, e o Orrorin tugenensis, já bípede, mas não se sabe o tamanho do cérebro, que no Sahelanthropus era de 320–380 cm cúbicos. Ambos existiam há mais de 6 milhões de anos. Os hominídeos da época habitavam a África subsariana, a Etiópia e Tanzânia, ou seja na África Oriental. Seguiram-se a esses primeiros hominídeos os Ardipithecus e mais tarde (há 4,3 milhões de anos até há 2,4 milhões) os Australopithecus, descendentes dos Ardipithecus. Tinham (os australopitecos) maiores cérebros, pernas mais longas, braços menores, e traços faciais mais parecidos aos nossos.
O site Watts com isso? Publicou, em 19/05/2025, o artigo “De montanhas de estrume a terrores de trem: 4 medos bizarros que os humanos deixaram para trás”, assinado por Ross Pomeroy que explora as nossas bizarrices do passado e que transcrevo trechos.
“Os seres humanos são uma espécie em pânico – rápidos para temer e lentos para entender. Durante grande parte de nossa história evolutiva, esse alarme arraigado nos serviu bem, mantendo-nos vivos em um mundo selvagem repleto de perigos. Mas, à medida que os humanos passaram a dominar o globo e tornar a Terra cada vez mais inofensiva (pelo menos para nós, principalmente), começamos a nos preocupar com coisas cada vez mais inócuas.
Em seu livro de 2024, Fear/Less: Why Your Lifelong Fears Are Probably Groundless, o professor Wojciech Janicki, que trabalha na Universidade de Maria Curie-Sklodowska, na Polônia, relatou algumas das coisas que os humanos temiam que provavelmente parecem bobas para nós hoje. Seu ponto final? ‘Mesmo que os humanos tenham resolvido problema após problema, evitando a obliteração da espécie, ainda é amplamente acreditado que a catástrofe é quase inevitável.’ É hora de acalmar conscientemente nossos medos e lidar com as ameaças como desafios, em vez de razões para desânimo e desgraça.
Aqui estão quatro medos anteriormente difundidos, muitos dos quais foram dissipados por meio da inovação:
- Viagem de trem. À medida que as viagens ferroviárias proliferaram no século 19, as preocupações se espalharam na mídia, na literatura científica e na cultura popular de que essa forma futurista de transporte poderia causar estragos na saúde física e mental dos passageiros. Alegou-se que movimentos chocantes e ruídos altos em velocidades anormalmente rápidas de sessenta milhas por hora resultavam em inflamação crônica, visão prejudicada e uma série nauseante de outras doenças físicas. Pior, algumas pessoas podem sofrer de ‘neurose ferroviária, levando-as temporária ou permanentemente à loucura. A habituação às viagens de trem, juntamente com melhorias nos trilhos e locomotivas, gradualmente amenizou as preocupações dos viajantes.
- Fios elétricos. Hoje, os fios elétricos desaparecem no fundo da vida moderna em grande parte do mundo, mas no final de 1800, os moradores da cidade de Nova York olhavam para eles com apreensão. Embora menos de 10% das residências estivessem conectadas à rede na época, a metrópole foi uma das primeiras a ver uma adoção crescente. Em 1889, quando o atacante da Western Union, John Feek, foi eletrocutado no trabalho, o mal-estar do público se transformou em pânico em massa.
Em um artigo contando a saga no IEEE Xplore, JP Sullivan explicou o pensamento dos americanos há mais de um século. Eles acreditavam que a nova tecnologia melhoraria a sociedade, mas ao mesmo tempo temiam não ter controle sobre o ritmo e a direção dessa mudança… A tensão entre o entusiasmo tecnológico e o pessimismo criou uma profunda ansiedade sobre a eletricidade e o novo mundo urbano que ela estava criando.
Nós sabemos o que aconteceu. A segurança elétrica melhorou e os benefícios da eletricidade cresceram demais para serem abandonados. - ‘Afogamento’ em esterco de cavalo. Na década de 1890, moradores, funcionários e planejadores que viviam em Londres e Nova York temiam que suas ruas acabassem se tornando intransitáveis e suas cidades inabitáveis devido ao acúmulo de esterco de cavalo. As centenas de milhares de cavalos que atravessavam os quarteirões da cidade para transportar cargas e passageiros deixavam para trás milhões de quilos de fezes e urina frescas todos os dias. Os limpadores da cidade empilhavam e moviam as cargas coletadas para locais designados, mas os excrementos lamacentos ainda cobriam as ruas. À medida que as populações das cidades aumentavam, também aumentavam as montanhas de esterco!
As preocupações evaporaram rapidamente quando automóveis e bondes elétricos chegaram ao local. ‘Uma espécie de paradoxo, você não acha? Um carro com motor de combustão era uma solução, não um problema!’ Janicki comentou. - Queda da população global. De Paul Ehrlich em 1968, a Thomas Malthus 170 anos antes, a Confúcio no século 6 a.C, pensadores estimados se preocuparam com o crescimento da população humana. Muitos pressagiavam acidentes iminentes e catastróficos, muitas vezes por meio de fome generalizada. Até agora, em escala global, eles sempre estiveram errados. Existem cerca de 8,1 bilhões de humanos vivendo na Terra hoje, e a pobreza global continua caindo, embora não tão rápido quanto poderia. Comer muitas calorias é um problema mais comum do que comer poucas. O crescimento da população humana provavelmente será interrompido no final deste século, mas não por causa da morte em massa – em vez disso, devido a padrões de vida mais elevados e contracepção voluntária.”
Hoje convivemos com novos medos bizarros: aquecimento global, alterações climáticas, gases de efeito estufa onde o maior deles é vapor d’água que ocupa quase 80% da atmosfera, derretimento das calotas polares no momento que as geleiras da Antártida estão crescendo, uma crise de energia elétrica sem precedentes quando a todo momento se cria novos produtos que carecem de eletricidade, vide os carros elétricos e finalmente o carbono encarado como gás quando na realidade se trata de carvão utilizado em grande parte do mundo para gerar eletricidade.
Em síntese são medos bizarros alimentados pela grande mídia e que baixam a imunidade das pessoas fazendo-as vítimas de uma série de doenças.
“O medo é o assassino da mente. O medo é a pequena morte que leva à aniquilação total. Enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e através de mim. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver seu rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu restarei.”- Frank Herbert / Duna.