O que é purpura trombocitopénica idiopática?
A PTI é uma doença autoimune, ou seja, uma doença em que as células de defesa do organismo desregulam e passam a atacar células que são próprias do organismo, produzindo anticorpos contra elas. Isso resulta em diminuição maciça de plaquetas, causando tendência a sangramentos.
As mulheres tem maior risco de adquirirem a doença, mas qualquer pessoa pode desenvolve-la.
O que são as plaquetas?
As plaquetas são células fabricadas na medula óssea, elas estão presentes no sangue e são responsáveis pelo. Controle de sangramentos. Quando há alguma lesão tecidual, elas se aglomeram e estacam o sangramento.
Como a doença ocorre?
Com a produção de anticorpos contra as plaquetas, essas são frequentemente destruídas. As que são produzidas não são suficientes para compensar essa destruição, com isso a coagulação fica deficiente.
O que pode predispor a doença?
Não se sabe ao certo quais fatores predispõe a doença, mas os fatores provavelmente envolvidos são infeções e até medicamentos. Esses fatores são gatilhos, que podem estimular o sistema imune e assim desencadear essa resposta autoimune.
Quais são os sintomas da doença?
Algumas pessoas permanecem assintomáticas, mas outras podem apresentar sintomas como sangramento espontâneo através de mucosas (nariz, boca, urina e fezes). Pode haver sinais de hemorragias na pele, como pelo aparecimento de pontos vermelhos ou roxos, chamados petéquias. Essas hemorragias são localizadas principalmente nas pernas.
Nas mulheres, no período menstrual pode haver aumento do volume e de dias de sangramentos.
A tendência ao sangramento ocorre em qualquer órgão, podendo haver sangramento gastrointestinal, intracraniano, os quais podem provocar sintomas mais proeminentes e até evoluir com complicações importantes.
Como a doença e diagnosticada?
O diagnóstico da purpura trombocitopenica idiopática ‘e feito através da história clínica e exames clínicos. O diagnóstico ‘e feito pela exclusão de outras doenças que causam sangramentos. As plaquetas tendem a estar abaixo de 100.000 e tendem a queda.
Por vezes, para auxílio diagnostico ‘e feita a coleta de uma amostra da medula óssea, para que se faça exclusão de outras patologias.
Há cura para a PTI?
Não há cura para a doença, mas a doença pode ser controlada. O tratamento ‘e feito com medições que estimulam a produção de plaquetas na medula óssea e com outras que diminuem a resposta imunológica a elas. Na doença refrataria pode ser necessário que se faça a retirada do baco, chamado esplenectomia. O melhor tratamento vai ser indicado pelo especialista, que ‘e o hematologista. Portanto, procure sempre um médico antes de iniciar qualquer tratamento.
Adaptado: Sociedade Brasileira de Hematologia