O senhor que preside a França chegou aí. De cara lá no Belém do Pará. Fazer o que não bem se sabe, uma vez que seu proposito seria vender submarinos, uma canoa grande de ferro que anda embaixo d’agua, nada tendo a ver com Amazonia. Um perigo, já pensaram se sai trombando com botos, pirararas ou pirarucus, provocando um desastre ecológico? O que diria então a Ministra do ambiente, desconvidada ao regabofe? Acho que meio irritada, baixaria portaria excluindo a Guiana Francesa do continente sul-americano a mandando de volta, não a Europa que eurasianos não deixariam, mas sim lá para os quintos dos (*) nos costados da África.
Amazonia tem aceitado tudo, toda e qualquer extravagancia é nela mesmo, principalmente quando medíocres figuras desejam aparecer no cenário internacional. Aí governadores, prefeitos ou mesmo presidentes logo se manifestam e como os bons mineiros que sempre dizem, falam logo “passa aqui”, o que em Minas é cumprimento não sendo para ser aceito, mas por ser Amazonia, o infeliz atropela e passa. Filma, tira fotos, inventa heróis e motivos e vái s’imbora.
E esse de agora, Macron para todos, mas “Charcosí” para nosso presidente, não só veio, como se meteu mato afora, em reconhecido território sagrado do tradicional e sofrido povo caboclo. Destes nem presença registraram, indo a premiar, não a um sofrido herói autêntico daquela região, mas sim a outro doutra esfera social, onde sequer é líder, havendo sido promovido apenas internacionalmente como folclórica figura no mundo das artes dos cantos rebolativos.
Como certa vez, em uma entrevista disse o brasileiro criador de uma das maiores empresas nacionais, no cenário mundial de hoje: “Não há prêmio Nobel ao Brasil, por seu povo ser demolidor de seus verdadeiros valores e extremamente político a criar falsas eminências”.
Entretanto, este presidente francês, talvez, até não merecesse presença de alguém com real valor para ser premiado e nem estar ali. Todos sabem que na verdade, busca apenas não só proteger, mas estender interesses de seu país; nada de bom oferecendo.
Ao Mercosul, cujo interlocutor era então nosso próprio presidente, jogou com rigidez, todas as pedras da mão, estabelecendo negativa a qualquer possível acordo. Estes caucasianos, são realmente difíceis e bota difícil nisso.
Sendo eles nossos confinantes em margem de rio (Oiapoque), e sendo a mesma mais baixa que a nossa, ao construírem conosco a ponte de ligação, cuidaram de bem levantar sua cabeceira criando uma rampa de acesso para que o pendão francês tremulasse mais alto que o nosso. Assim ficou e assim está, mesmo após encontro naquele lugar do nosso Lula com o presidente Nicolas Sarkozy, também hoje condenado a três anos de cadeia.
Muito interessante, que não há muitos anos, na Assembleia francesa foi apresentado projeto para transformar todo o interior guianense, (estado francês) em reserva para a humanidade. Não passou nem a cacete e o melhor dos argumentos foi que não fariam nunca isso sem saber o que existiriam de riquezas e necessidades naquele rincão. Mas, o “ôme”, cara de pau, vem a comprar boa vontade de administradores brasileiros para fazerem as tais reservas em nosso país. Por sinal, este próprio Macron, tentou retirar do território deles, os parceiros brasileiros que lá estão, no que foi impedido pela sociedade e autoridades locais.
Ao que se sabe desta venda náutica adoçada com dádivas à Amazônia, dentro sua verdadeira finalidade e pretensão é que um pouco se esqueçam que o canudo mergulhador tem lá suas deficiências. Sendo uma delas, poder estar submerso não mais que dois dias, devendo vir a tona buscar renovação de ar e melhoria do ambiente interno. O que demonstra, seus fabricantes haverem esquecido que seriam também para franceses, nunca chegados a banho, sendo esperado, que com tempinho enclausurados em tais canos fechados, náuseas pudessem provocar até mortais acontecimentos. Até muitos sabem, não ter sido por acaso, que tenham se tornado inventores do bidê, do buquê das noivas, de tantos perfumes com altíssima qualidade e outros aromatizadores…
Tem mais, francês sempre deu muito trabalho pelas bandas de cá. No início de nossa existência, sem estarem atrás da garota de Ipanema, invadiram o Rio de Janeiro, dando muito trabalho a expulsá-los. Até o General De Gaule, nos desdenhava no passado, dizendo que nós não éramos um país sério. Nunca fiquei sabendo por que ele dizia isso se ainda não existiam certos partidos políticos. E quem não lembra da guerra da lagosta, logo ali no Nordeste? Os cara pálidas encararam a gente. Se não botássemos para lascar, cearenses estariam sem pratos ao termidor. Eles e paraibanos afirmam que jamais esquecerão a afronta.
Para nós aqui, a única coisa boa de lá, foram os filmes de sexo assanhado, e com alguns dançamos até um último tango em Paris. E eles, para aumento de consumo e venda, muito recomendavam usos diferentes para manteigas. E por falar em manteiga, devemos nós os mineiros, não esquecer que também fomos lá e neles demos um rolê nos queijos e outros derivados de campo, abocanhando prêmios e prêmios. Por isso acho que Lula deveria sair da frente, ficando só com o dinheiro recebido pela Amazonia a bem das almas da humanidade, e convocar mineirinhos jeitosos para negociar com a figura. Daria mais certo, invés de compra inútil, no momento, venderíamos pinga da boa, doce de leite, melhores queijos e manteiga para multiuso deles.
Quanto a chamá-lo de “Charcozi”, não se trata de síndrome de apenados, mas erros comuns. Bem no passado, ao receber aqui o presidente norte americano, Mr Truman, o nosso presidente ouviu dele: “how do yuo do, Dutra”, ao que respondeu: “how truiu tru, Truman”.
Pois é, aqui acontece cada coisa…
BH/Macapá,31/03/2024
Jose Altino Machado