A representante interina dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU, Dorothy Camille Shea, classificou o Irã como a “principal fonte de instabilidade e terror no Oriente Médio com capacidade para produzir uma arma nuclear”.
O Conselho de Segurança da ONU se reuniu em caráter de emergência às 10h (horário de Nova York) desta sexta-feira (20/6) para pedir o fim imediato dos combates. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou na reunião que “não estamos caminhando em direção a uma crise, estamos correndo em direção a ela”. Ele apelou a Israel e ao Irã para que resolvessem suas diferenças pacificamente.
“A expansão deste conflito pode acender um fogo que ninguém pode controlar. Não podemos deixar que isso aconteça”, disse António Guterres.
Ofensiva israelense contra o Irã
- Depois de diversas ameaças, Israel lançou, na semana passada, o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O foco da operação foi o programa nuclear iraniano.
- O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.
- Como resposta à operação israelense, o Irã lançou um exército de drones e mísseis contra o território de Israel.
- Em pronunciamento no último sábado (14/6), o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva deve continuar. Ele prometeu ataques contra todas as bases iranianas.
- Até o momento, relatos indicam que parte do programa nuclear já foi afetada pelos ataques. Danos maiores, no entanto, dependem de bombas – ou da participação direta – dos EUA, o que tem sido solicitado pelo governo de Israel.
A declaração da norte-americana Dorothy Camille Shea contrastou com as proferidas minutos antes pelos representantes da Argélia e da Rússia, que demonstraram apoio integral ao Irã.
O embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, acusou os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a França e a Alemanha de disseminarem a “invenção infundada” de que o Irã planejava construir armas nucleares.
Durante a reunião do Conselho de Segurança, ele afirmou que essas nações e a AIEA, órgão de fiscalização nuclear da ONU que declarou que o Irã havia violado o tratado de não proliferação, seriam “cúmplices” dos ataques israelenses.
Fonte: Metrópoles