Há notícias maduras, outras verdes, suspensas nos galhos das árvores da informação e nos da desinformação. Se as primeiras, as informações, podem, às vezes, nos causar traumas dada a sua dolorosa realidade, as segundas, as desinformações, provocam tragédias, divisões e alienações.
Se tu me dizes que o amor gravita apenas em um lado das esferas, perdoe-me, isso é não saber do Sol sua generosa natureza esférica.
Caluniam-se os sorrisos, negam-se os abraços, traficam-se afetos por escaninhos retrógrados, onde o amor se espatifa derrubado por patifarias que em ordem crescente vão de traições a crimes fatídicos.
Esse é o resumo da semana, a narrativa dos fatos estampados nas ruas e esquinas, nos bairros e escolas, nas cidades e países onde a desinformação e o desamor (ou ganância por poder e joias) armam ciladas, barricadas contra a beleza da vida. São fatos estampados nos jornais, nas Tvs, nas redes… e negá-los não nos redime.
O que nos falta para reorganizar a rota e sair dos desatinos coletivos? Essa pergunta grita e sussurra em vários tons e alturas. Ela não se cala e merece ser ouvida.
Lá do século já findo, Florbela Espanca em versos nos alerta: “Tudo é vaidade neste mundo vão…”
Acontece que o mundo não é vão, está em nossas mãos olhar em torno e fazer uma ciranda de abraços ou continuar em divisões.