O caminhoneiro que foi vítima de um possível assalto seguido de sequestro no Rodoanel Mário Covas, Região Metropolitana de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (12/11), voltava de uma entrega de explosivos no Peru, afirmou o delegado responsável pelo caso.
O motorista foi resgatado em surto psicológico pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Ele estava amarrado a uma suposta bomba. Posteriormente, a Polícia Militar confirmou que o explosivo era falso.
De acordo com o delegado Márcio Fruet, o homem contou duas versões diferentes para a polícia. Na primeira delas, logo após o resgate, ele disse que teria sido abordado quilômetros antes do ponto onde foi encontrado. O motorista afirmou que entrou em luta corporal com os supostos criminosos e em seguida teve os fios amarrados no corpo. Em outro momento, após ser medicado no hospital, o homem disse que os criminosos ordenaram que ele ficasse parado na via para que eles pudessem fugir.
O que se sabe sobre o caso
- Um caminhão ficou atravessado na via, desde cerca de 5h30 desta quarta, na altura do quilômetro 44 da pista externa do Rodoanel Mário Covas (Rodovia SP-021).
- O tráfego de veículos chegou a ser totalmente interditado no local, no sentido da Rodovia Presidente Dutra. A interdição durou aproximadamente cinco horas.
- Segundo o boletim de ocorrência, obtido pela reportagem, a Polícia Militar (PM) foi acionada por volta das 5h40 desta manhã. No local, os agentes encontraram o caminhão trator semirreboque atravessado na via.
- Os PMs tentaram contato com o motorista, mas ele estava em estado de choque. Inicialmente, o homem avisou a outros condutores presentes no local que havia explosivos na boleia do caminhão.
- O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), equipe de elite da PM, foi acionado. Eles resgataram o motorista, que estava amarrado a simulacros de explosivos, e descartaram que se tratava de explosivos reais.
- O homem foi socorrido em estado de choque ao Hospital Geral de Itapecerica da Serra, onde permaneceu até o início da tarde desta quinta.
- No final da tarde, ele prestou depoimento à polícia em Taboão da Serra, também na região metropolitana.
- Segundo a polícia, o caminhão retornava de uma viagem ao Peru, para onde teria levado explosivos.
- No retorno à matriz da transportadora, em São Bernardo do Campo, na região do ABC, o veículo já estava vazio. Portanto, a princípio, nenhum material foi subtraído pelos criminosos.
O que diz a transportadora
Em comunicado, a Sitrex, transportadora responsável pelo caminhão, reforçou que “o caminhão voltava vazio para a matriz, em São Bernardo do Campo, após entrega da carga de um dos nossos clientes”.
“Cita-se que o motorista cumpriu adequadamente todos os procedimentos legais e de segurança, notadamente quanto aos horários de descanso e de viagem, e velocidade adequada, informações apuradas através de serviço de monitoramento eletrônico do veículo”, diz a nota.
A empresa destacou ainda que mantém “monitoramento integral via telemetria, rastreamento em tempo real e protocolos internos de segurança que seguem padrões internacionais de transporte rodoviário de cargas, inclusive em operações de caráter internacional”.
Fonte: Metrópoles











