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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > José Sarney > Das cartas
José Sarney

Das cartas

José Sarney
Ultima atualização: 14 de setembro de 2025 às 00:24
Por José Sarney 7 horas atrás
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José Sarney Advogado, político e escritor brasileiro, 31º Presidente do Brasil de 1985 a 1990, ex-presidente do senado por quatro mandatos e Membro da Academia Brasileira de Letras.
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É nostálgico quando os velhos pensam no tempo das cartas, a mais antiga forma de registro da comunicação do homem na face da Terra. Há referências de que as cartas existem há 3500 anos, escritas em argila, como na Mesopotâmia; em pedra ou ossos, como mostram registros históricos das bibliotecas da China; em papiros, registrados no Egito e na Grécia; ou mais tarde nos couros de carneiro ou animais semelhantes. Assim os homens começaram a perpetuar pela palavra escrita o milagre da linguagem, atributo que somente nós, humanos, temos.
Lembro-me das cartas que escrevi a minha mãe durante a Segunda Guerra, em São Luís, que era uma Base Aérea Americana — todas foram perdidas, mas nem por isso deixaram de povoar a minha memória até hoje. Em uma delas descrevi o medo que me atacava nas noites em que dormia ouvindo os barulhos das almas que habitavam o sobradão do internato em que morava, sob o comando de dona Rosilda Penha, que me encheu de amor e carinho: eu, aos doze anos, pensava na Manguda que aparecia no cais do porto e tinha o grito que espantava os meninos ao tomar banho na maré baixa.
Lembro de ter contado a ela sobre o Baipendi, primeiro navio brasileiro a ser torpedeado, que despertou o patriotismo e a fúria dos estudantes que foram (que coisa vergonhosa!) apedrejar a casa de duas famílias alemãs que moravam em São Luís. E relatei outro fato cruel que os olhos daqueles tempos despertaram: o vendedor de revistas da Praça João Lisboa, italiano que há 30 anos vivia em nosso Estado, fora assassinado por um fanático que lhe enterrou uma faca nas costas.
Mas fui falar em cartas e escorreguei nas memórias da Segunda Guerra Mundial, quando escrevia as cartas da minha adolescência à minha mãe.
As cartas foram a maneira usada desde a antiguidade para transmitir notícias, decisões políticas, mensagens de amor, comunicar reflexões filosóficas e ainda fazer literatura. Elas são fontes preciosas até hoje da memória, constituindo documentos históricos, que guardam também especial significado pessoal, com caligrafia, manchas de tinta e até perfumes.
Atribuiu-se a um manual das freiras de um convento de Mafra, em Portugal, lições às moças ao escreverem cartas a seus namorados: “Ao escrever uma carta de amor, deve-se pingar água de rosas para simular lágrimas.”
Lembro as cartas do passado com relatos das guerras, de política, assassinatos, fatos históricos, terremotos, maremotos, vulcões, de casamentos reais e relatos de todas as coisas que viviam as sociedades em cada canto da Terra. Foram elas que nos deram notícias desses fatos. No terreno da literatura e do nosso mundo lusitano, penso nas cartas do Padre Vieira, repositório histórico de suas pregações, dificuldades, dos caminhos por onde andou, das perseguições da inquisição, dos sofrimentos dos índios e de seu desejo de evitar que fossem escravizados como os negros. Mas penso também na beleza das cartas de amor de Rodin, o grande escultor, à Camille Claudel; nas de Frida Kahlo e Diego Rivera; de Napoleão e Josefina; e nas de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa) para Ofélia, as “ridículas” cartas do poema. Lembro a mais bela carta de amor que eu li: a da esposa de Churchill quando ele estava nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Cito de memória, mas a carta diz mais ou menos o seguinte: “Winston, mando-te essa garrafa de gim, a marca de que mais gosta, porque depois que o amor acabar, que a paixão for dissolvida, só a amizade pode nos manter unidos, Clementine”.
Muito bonitas também são as cartas aos amigos: profundas, confessam segredos e pecados muitas vezes sentidos numa relação de amizade. Eu considero que a melhor coisa da vida é a amizade porque nela reside a gratidão, a caridade.
Mas por que estou falando de cartas de amor no meio da tempestade que vive o país e o mundo, com guerras sinistras e matanças incomparáveis em Gaza, Ucrânia, Sudão, Nepal, Líbano, Doha? Por que a escolha desse tema, foi a pergunta de um filho meu, que parece sem sentido nesses tempos?
É que a internet que tem um braço assassino que já matou as enciclopédias, os dicionários, matou também as cartas. Para escrever uma carta, era necessário tempo e reflexão; hoje, no imediatismo das redes sociais, não há mais espaço para que elas sejam elaboradas, belas e confidenciais.
Hoje, para manter a tradição, foram fundados “clubes de cartas”, em plataformas online, um braço da internet. Porém, sem o glamour, a solidão e a expectativa da resposta, que tornavam a mensagem algo especial, a construção de uma mensagem maior e mais bela se esvazia, as cartas parecem perder sua importância e o gosto de escrevê-las desaparece num tempo em que elas, ironicamente, parecem não mais existir.

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