Em mais uma resposta do governo da China ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Pequim determinou que as companhias aéreas do país suspendam as compras de jatos da Boeing, gigante norte-americana no setor de aviação.
O que aconteceu
- A Casa Branca impôs tarifas comerciais de até 145% sobre uma série de produtos importados da China.
- Em retaliação, o governo de Pequim respondeu com taxas de 125% sobre as importações norte-americanas.
- De acordo com informações da Bloomberg, a ordem do governo chinês foi a de que as companhias aéreas locais “suspendessem todas as compras de equipamentos e peças de aeronaves de empresas norte-americanas”.
- Ainda segundo a agência de notícias, Pequim estuda a possibilidade de socorrer as empresas do setor aéreo que alugam aviões da Boeing e têm custos mais altos.
Guerra comercial
No último sábado (12/4), em resposta aos EUA, Pequim afirmou que o pacote de tarifas comerciais impostas por Trump causará “graves prejuízos”, especialmente aos países em desenvolvimento.
Em manifestação encaminhada à Organização Mundial do Comércio (OMC), o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, falou até na possibilidade de uma “crise humanitária” de consequências imprevisíveis.
“Os EUA continuam introduzindo medidas tarifárias, gerando grande incerteza e instabilidade ao redor do mundo e causando caos tanto internacionalmente quanto dentro de seu próprio país”, completou o representante do alto escalão do regime chinês, em conversa, por telefone, com a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala.
No domingo (13/4), o governo chinês pediu que a Casa Branca coloque um ponto final nas tarifas comerciais sobre produtos importados de diversos países.
A manifestação de Pequim foi divulgada por meio de um comunicado oficial do Ministério do Comércio do regime chinês.
“Instamos os EUA a tomarem medidas importantes para corrigir seus erros, eliminar completamente a prática errônea de tarifas recíprocas e voltar ao caminho certo do respeito mútuo”, afirmou o governo de Xi Jinping.
Ações da Boeing
As ações da Boeing operavam em queda de 3% no pré-mercado dos EUA nesta terça-feira.
Já os papéis da Airbus, que tem uma posição dominante no mercado asiático em relação à concorrente, subiam 1%.
Fonte: Metrópoles