Oba! Esse ponto eu conheço! É o último dia do ano, também conhecido como Show da Virada que um certo canal de televisão o transmiti para a felicidade geral da nação! Também conhecido pela palavra francesa Rèveillon, correto?
Só que não! Apesar do nosso cérebro amar simbologias e símbolos fortes, coloridos e marcantes; esse artigo vem falar que “o buraco é mais embaixo”, a hora da virada não é a mudança de ano civil, nos calendários cristãos ocidentais mas uma ferramenta poderosa que o dono da mente mesmo deseja ardentemente, porém, devido a programações mentais ancestrais repele disfarçadamente ou com veemência, uma vez que a mente gosta de caminhos conhecidos, de atalhos e a tão amada ociosidade não permite ultrapassar os limites de um ponto a outro trazendo a tão sonhada mudança.
Falaremos aqui sobre outro aspecto da mente humana conhecido como ociosidade, e, como já mencionei, mais uma herança de nossos ancestrais, quando habitavam as cavernas do mundo e perceberam que não era bom se fatigar, pois, como não havia comida, alimento e combustível sobrando, necessário era guardar suas forças e energias para esses momentos de conquistas da sobrevivência.
O tempo foi passando e essa ociosidade estratégica foi se cristalizando em nosso modus operandi e, mesmo nas eras de descobrimentos e revoluções para conquistas de uma vida mais confortável, a ideia de evitar qualquer fadiga principalmente as advindas das mudanças foram ganhando força. Até porque mudar significa romper com os velhos padrões de defesa o que poderia ser muito perigoso, uma vez que o mundo lá fora era selvagem, e continua muito selvagem!
A encrenca emocional disso é que a mente humana, super poderosa tem a mania de automatizar tudo e, não permite a inovação apenas pela força da vontade. Por quê? Porque mudar consome energia e energia deve ser economizada e a mente, para te preservar de gastos desnecessários entra em ação para te proteger.
Vamos colocar da seguinte forma: existe dentro de nós um vigilante; então vou chamar esse vigilante de fator crítico. Uma pessoa sedentária e obesa se olha no espelho em determinada manhã e diz de si para si mesma: “ Poxa, como sou feio, estou muito gordo e sedentário, preciso urgente começar uma dieta, uma atividade física”.
Nesse exato momento sua força de vontade é ativada e sua parte racional começa a descrever os vilões de sua ociosidade e excesso de peso: (doces que a mamãe faz, o trabalho excessivo que não permite uma atividade física), daí brota um decisão, da parte racional, não esqueça, vou iniciar uma dieta e matricular na academia aqui do bairro.
Entretanto, automaticamente o mesmo vigilante, fator crítico, lembra? , começa a comparar essa nova ideia com os arquivos do subconsciente e começa o rosário de conjecturas auto sabotadoras, porém , como defesa do gasto desnecessário de fadigar-se à toa, inicia-se um diálogo antagônico explicando os ganhos indiretos e a reflexão antagônica entra em ação, lembrando a você que aquela obesidade é apenas uma defesa emocional do abuso sexual que você sofreu no passado, do bulling sofrido na escola por causa dos doces que a mamãe fazia em casa e mandava você comer e as contas do rosário de justificativas continuam sendo lidas pelo vigilante e a mente consciente.
Quando o vigilante percebe o convencimento chegando vem a mente com o veredicto final: iniciar uma dieta agora e exercícios físicos extenuantes podem ser ruins e perigosos e leva a mente racional para outro foco de atenção, fazendo com que aquela ideia de sair da zona de conforto da ociosidade naufrague ao primeiro comercial de televisão ou despertando um desejo quase insano por um doce predileto ou coisas do tipo; entra em ação nosso cérebro ancestral com um único propósito: te preservar, te proteger dessa racionalização toda, que quer te tirar da ociosidade segura para te projetar em caminhos novos, perigosos, desconfortantes, num mundo selvagem.
Mudança de mentalidade requer dois pontos cruciais: autoconhecimento e autodisciplina e isso pode doer, pois te desafia a sair do conhecido e tolerado para o desconhecido. Sair da zona de conforto requer fatores que vão muito além da força de vontade ou da parte racional de nossa mente.
O caminho para um novo comportamento, um novo paradigma de vida saudável requer persistência, resiliência, autoconfiança, planejamento e ação. Aqui preciso citar uma frase impactante de um Mestre na Inteligência Emocional chamado Rodrigo Fonseca, que já impactou e alterou caminhos neurológicos de mais de cem mil pessoas pelo Brasil e pelo mundo afora: “A diferença entre o medo e a coragem é a ação”
Alcançar o tão sonhado voo, sair da ociosidade requer planejamento e ação: não basta sonhar e desejar uma vida melhor, é preciso dar o primeiro passo em direção dessa mudança, planejamento estratégico, plausível, possível e… agir de forma consciente e constante, vivenciando com a parte emocional o quanto seria, será e já é, pois fazendo uma ponte ao futuro já posso experimentar os sabores, aromas e ganhos diretos e indiretos de ter saído da zona de conforto e estar em franco processo de construção de desejos e sonhos.
Em síntese, resumindo, o ponto da virada rumo ao sucesso pessoal é difícil porque exige romper com mudanças confortáveis, enfrentar nossos monstros internos, mas, se agirmos as vezes com medo, as vezes com coragem, mas agir, veremos barreiras e montanhas sendo desmontadas, demolidas, mudando de lugar e o resultado dessa perseverança será a conquista de uma vida mais agradável, realização dos sonhos e uma vida mais gratificante e porquê? Porque somos filhos do Amor e, portanto, herdeiros desse Amor incondicional, gigante, pleno, primeiro por nós mesmos e, cheios de amor, seremos seres de luz iluminando como uma usina, todos ao nosso derredor.