O (Supremo Tribunal Federal) recebeu, na tarde desta quinta-feira (12), o relatório da apuração preliminar envolvendo denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida. O documento tem o depoimento de uma suposta vítima de Silvio e pede autorização ao tribunal para abertura de inquérito policial. Agora, deve ser distribuído no STF e o ministro que receber pode autorizar ou não a abertura do inquérito. O ex-ministro foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (6).
No mesmo dia, Lula havia afirmado “não ser possível” a permanência de Almeida no cargo depois das acusações. Uma das vítimas de Almeida foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que comunicou o fato a outros integrantes do governo federal. O ex-ministro nega ter cometido os crimes.
As denúncias contra Silvio Almeida foram divulgadas pela organização de defesa de mulheres que foram vítimas de violência sexual “Me Too Brasil”. De acordo com o movimento, as supostas vítimas autorizaram que as denúncias fossem divulgadas à imprensa. As identidades das mulheres foram mantidas em sigilo.
O movimento diz oferecer “suporte incondicional às vítimas, mesmo que isso envolva enfrentar grandes forças e influências associadas ao poder do acusado”.
“A exposição de um suposto agressor poderoso pode encorajar outras vítimas a romperem o silêncio. Em muitos casos, o abuso não ocorre isoladamente, e a denúncia pode abrir caminho para que outras pessoas também busquem justiça”, acrescentou o Me Too Brasil.
O que diz o ex-ministro
Os advogados de Silvio Almeida declararam no dia da demissão dele que o ex-ministro não vai silenciar nem invisibilizar vítimas de violência, nem deixar de defender os direitos humanos.
A defesa também afirmou que Almeida vai fazer o que for necessário para fortalecer os dispositivos de proteção e acolhimento à mulher. Os advogados ainda defenderam transparência nas apurações das denúncias contra o ex-ministro.
Com informações do R7